Me perguntei até o último dia porque deveria participar do estágio de vivência. Perguntei à mim, à minha família e aos amigos em que confio. As opiniões foram divergentes, mas só de eu contar sobre o conhecimento que adquiri no seminário de dezembro, todos concordaram que seria uma oportunidade única.
Alguns chamariam de convergência astral, sorte ou acaso, mas a verdade é que essa chance surgiu em uma época bastante favorável em minha vida, em que me sinto madura para adquirir e compartilhar essa inusitada experiência.
Voltando à pergunta inicial, não cheguei a uma só resposta. Abaixo, algumas refutações que encontrei:
- Como jornalista (estou no último período da faculdade), preciso ouvir o outro lado da história;
- Por uma dívida pessoal, feita a partir de pré-conceitos midiáticos e familiares;
- Para fazer parte de um movimento que acredito;
- Unir a minha vontade de mudar o mundo com a vontade de outras pessoas;
- Contribuir com meus estudos e ideias, e aprender com vivências, experiências e novas ideias;
- Porque acho que não basta sonhar com um mundo melhor, a mudança já está acontecendo e a vida só faz sentido se a usamos para diminuir a desigualdade em que estamos inseridos;
- Para tentar mudar a consciência coletiva que acredita que o MST é um movimento vendido e que sua luta não é justa.;
- Porque busco por justiça;
- Porque sou otimista e determinada;
- Porque eu acredito!
“Eu acredito é na rapaziada que segue em frente e segura o rojão. Eu ponho fé é na fé da moçada que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude que não corre da raia a troco de nada. Eu vou no bloco dessa mocidade que não tá na saudade e constroi a manhã desejada. Aquele que sabe que é negro o coro da gente, e segura a batida da vida o ano inteiro. Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro e, apesar dos pesares, ainda se orgulha de ser brasileiro”
Bárbara Secco
Jornalismo - FACHA